Colcha de Retalhos

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Quando eu era pequena, não era comum se cobrir com edredon. No frio, a gente se cobria com colcha de retalhos. Eu tinha uma que minha vó me deu. Adorava minha colcha de retalhos. Às vezes tinha a sensação de só dormir bem porque estava com ela. Era como se a colcha já tomasse a forma do meu corpo e soubesse o que era preciso para me aquecer e embalar o sono.
Uma coisa que embala minha alma e aquece minha existência hoje, é a arte do texto. Poesia, prosa, texto! Ler faz bem à vida, faz bem ao corpo, ao espírito! Imaginar, criar, se divertir, informar, conhecer... Então vi que ao me jogar livremente à escrita, podia alegrar a minha vida inventando e criando textos.
Foi quando eu descobri que no latim, texto significa “tecido”. Logo me lembrei da minha colcha de retalhos... Meu blog é a minha colcha, feita de retalhos de textos, dentre  todos os que li, ouvi e estudei. Rubem Alves diz que palavras são teias com as quais tecemos textos. Palavras também são retalhos. Pedaços de qualquer coisa, e de tudo, que articulados, fazem surgir um tapete, uma rede, um mosaico... Uma colcha de retalhos.
As palavras têm o poder de criar mundos! Pode não ser o Mundo de Sofia, o País das Maravilhas de Alice, nem o Fantástico Mundo de Bob... mas o que pretendo nesse blog é criar, re-criar, refletir meu próprio mundo. Uma arte que ainda sou aprendiz de aprendiz... 
Sejam tod@s bem vind@s!!